A Espanha sofreu um recorde histórico de emissões de CO2 causadas por incêndios florestais neste ano de 2025, segundo dados do serviço europeu Copernicus. As emissões atingiram o nível mais alto desde o início da série histórica em 2003, resultado de uma temporada excepcionalmente intensa de queimadas, especialmente nas regiões de Castela e Leão, Galícia, Astúrias e Extremadura.
Impactos e dados principais
- Até 18 de agosto de 2025, estima-se que cerca de 120 mil hectares foram consumidos pelas chamas em território espanhol, obrigando à mobilização do exército para o apoio aos bombeiros e causando mortes e evacuações nas áreas afetadas.
- Além de Espanha, Portugal também enfrenta uma crise grave com incêndios que já destruíram mais de 2.600 km², próximo a recordes históricos, agravados por uma onda de calor excepcional, que atingiu temperaturas acima de 45ºC em várias regiões.
- A qualidade do ar em grande parte da Península Ibérica piorou drasticamente devido à concentração crescente de partículas finas (PM2.5), afetando a saúde da população a centenas de quilômetros dos focos de incêndio.
Repercussões além da Espanha
- A fumaça ultrapassou as fronteiras espanholas, chegando a França, Reino Unido e até à Escandinávia, onde também foram observados níveis elevados de poluentes relacionados aos incêndios.
- A França enfrenta uma situação alarmante com incêndios em várias regiões, provocando o maior desastre do tipo em 50 anos, e a temperatura extrema favorece a propagação do fogo na Europa mediterrânea.
- O hemisfério norte enfrenta uma temporada ativa de queimadas, com países como Grécia, Albânia, Montenegro e regiões da América do Norte também afetados por incêndios florestais.