A Eletrobras aposta na renovação de contratos para ampliar sua presença no mercado livre de energia, focando em sua capacidade majoritariamente hidrelétrica. Segundo o diretor de comercialização, Ítalo de Freitas, a empresa vê uma demanda crescente de empresas de médio e pequeno porte que estão com seus primeiros contratos chegando ao fim, o que representa uma grande oportunidade para expansão. No entanto, a Eletrobras alerta para desafios regulatórios e técnicos relacionados à geração solar e eólica, que atualmente são vistas como opções de maior risco para os compradores no mercado livre devido às possíveis mudanças regulatórias que impactam esses projetos.
Estratégia e mercado
- A companhia aposta no crescimento orgânico da comercialização, com vendas já realizadas para 2026 e 2027, principalmente nos submercados Norte e Nordeste, buscando fortalecer a liquidez nessas regiões.
- A privatização e o cronograma de “descotização” têm permitido a Eletrobras liberar volumes significativos de energia para venda no mercado livre, aproveitando preços mais atrativos e maior abertura do mercado.
- Parcerias estratégicas, como com a TIM, fomentam o acesso do público corporativo ao mercado livre, trazendo economia e energia renovável para pequenas e médias empresas.
Desafios para solar e eólica
- Há um risco percebido pelos clientes do mercado livre em relação à energia solar e eólica por conta da volatilidade regulatória e incerteza nos incentivos, o que favorece a contratação de energia hidrelétrica tradicional.
- A Eletrobras continuará acompanhando o cenário regulatório para aproveitar oportunidades nos projetos renováveis, mas destaca que, no momento, a “energia convencional” ainda domina as preferências de contratação.