Dos 38 migrantes marroquinos que chegaram de barco à Praia da Boca do Rio, em Vila do Bispo, no Algarve, 33 solicitaram asilo em Portugal, o que suspende o processo de afastamento coercivo previsto pela Justiça. Esses pedidos agora serão analisados pela Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA), e o afastamento forçado fica suspenso até decisão final. Nenhum dos migrantes manifestou intenção de retornar voluntariamente ao Marrocos, e todos, segundo declarações, são de nacionalidade marroquina, embora apenas quatro apresentassem documentos de identificação no momento da chegada.
Situação dos migrantes e acolhimento
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O grupo é composto por 25 homens, seis mulheres e sete menores, incluindo um bebê de 12 meses.
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Alguns migrantes sofreram hipotermia e desidratação, tendo 11 sido hospitalizados ao chegar.
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Foram alojados temporariamente em um pavilhão desportivo em Sagres e depois distribuídos entre centros de instalação temporária em Faro e no Porto.
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O tribunal de Silves determinou o afastamento coercivo com prazo legal de 60 dias caso não haja retorno voluntário dos migrantes.
Medidas e contexto
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A entrada desses imigrantes ocorre em meio ao reforço da vigilância costeira feita pela Marinha Portuguesa e pela Autoridade Marítima Nacional.
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A situação evidencia a dificuldade crescente da União Europeia em lidar com chegadas irregulares por mar, especialmente de migrantes provenientes do Norte da África.
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Processo de identificação dos migrantes segue em andamento pela Embaixada de Marrocos em Portugal, com auxílio das autoridades locais.