Washington / Gaza — Agosto de 2025 — O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a suspensão temporária de todos os vistos de visitante, incluindo vistos médicos e humanitários, para residentes da Faixa de Gaza enquanto conduz uma revisão completa e minuciosa dos processos de concessão desses vistos. A decisão foi anunciada em meio a críticas de ativistas de extrema-direita aliadas ao governo Trump, que questionaram as permissões concedidas a refugiados palestinos para tratamento médico no país.
📌 Motivações e controvérsias
- A suspensão ocorreu após denúncias públicas de Laura Loomer, influenciadora de extrema-direita próxima a Trump, que acusou certos grupos humanitários de facilitar a entrada de palestinos ligados ao Hamas sob pretexto de tratamento médico.
- Autoridades americanas afirmam que estão revisando o procedimento para garantir que os vistos sejam concedidos apenas a indivíduos autorizados e que não representem riscos à segurança nacional.
- Organizações de defesa dos direitos humanos condenam a medida, classificando-a como crueldade intencional e preconceito étnico/religioso, ressaltando a importância dos vistos médicos para salvar vidas de crianças e pacientes em situação grave.
📌 Impactos humanitários
- Em 2025, os EUA emitiram mais de 3.800 vistos B1/B2 para palestinos da Autoridade Palestina, inclusive residentes na Cisjordânia e Gaza, visando principalmente atendimento médico emergencial.
- A interrupção temporária dos vistos ameaça o acesso a tratamentos de saúde essenciais para pacientes graves, sobretudo crianças, e dificulta a cooperação médica internacional em meio ao conflito prolongado na região.
- O Palestine Children’s Relief Fund, que promove a evacuação de crianças palestinas para hospitais dos EUA, alertou para o perigo que a suspensão representa e pediu a reversão da medida.
📌 Respostas políticas
- O secretário de Estado americano Marco Rubio afirmou que o Departamento de Estado está investigando as denúncias e coopera com diferentes gabinetes do Congresso sobre o caso.
- Legisladores republicanos expressaram preocupação e defenderam a segurança nacional como prioridade, enquanto líderes progressistas pedem foco na proteção dos direitos humanitários.
- A medida reflete a crescente influência das pressões internas mais conservadoras dentro do governo Trump em relação à política ligada ao conflito israelo-palestino.
