A Justiça americana decidiu manter o sigilo sobre os depoimentos e registros do grande júri relacionados ao caso do financista Jeffrey Epstein, negando pedidos do Departamento de Justiça para a liberação do material. A decisão, tomada pelo juiz distrital Richard Berman em Manhattan, levou em conta riscos para a segurança e privacidade das vítimas envolvidas e a ausência de novas informações relevantes que justifiquem a divulgação.
Contexto do caso
- Jeffrey Epstein morreu por suicídio em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual de menores, tendo se declarado inocente.
- O caso tem sido foco de muitas teorias da conspiração, especialmente devido às conexões de Epstein com pessoas poderosas e às circunstâncias controversas de sua morte.
- O Departmento de Justiça, sob pressão política, particularmente do ex-presidente Donald Trump, buscou divulgar os materiais para maior transparência, mas o pedido foi rejeitado pela Justiça.
- O grande júri ouviu apenas uma testemunha, um agente do FBI, e as transcrições contêm evidências principalmente relacionadas a Epstein e Ghislaine Maxwell, sua namorada e cúmplice, que cumpre pena de 20 anos de prisão.
Repercussão e posicionamentos
- Algumas vítimas expressaram apoio condicionado à divulgação, desde que medidas fossem tomadas para proteger sua privacidade.
- A Justiça ressaltou que a maior parte das evidências já foi tornada pública durante os julgamentos e que a divulgação do material não acrescentaria informações novas relevantes à opinião pública.
- A negativa pela divulgação mantém o mistério e a controvérsia em torno do caso, gerando pressão social para maior transparência, mas também respeitando direitos legais e de segurança.