O partido de extrema direita Reform UK, liderado por Nigel Farage, apresentou em agosto de 2025 um plano polêmico que prevê a deportação em massa de até 600 mil imigrantes do Reino Unido nos próximos cinco anos, caso conquiste o poder nas próximas eleições. A proposta inclui construção de centros de detenção para até 24 mil pessoas, voos diários de repatriação, rompimento com tratados internacionais como a Convenção Europeia de Direitos Humanos e a Convenção dos Refugiados de 1951, além de sanções contra países que se neguem a colaborar com as devoluções.
Principais pontos da proposta
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Estabelecimento de um programa chamado “Deportação Ilegal” que impediria estrangeiros que chegassem em pequenos barcos a solicitar refúgio, com deportação automática.
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Criação de centros de remoção em áreas remotas do Reino Unido para alojar imigrantes durante o processo de deportação.
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Fundo de £2 bilhões (cerca de R$ 14,2 bilhões) para firmar acordos de retorno e cobrir custos da operação.
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Pagamento de £2,5 mil (R$ 17,7 mil) a quem aceitar o retorno voluntário.
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A proposta foi criticada por partidos maiores, que consideram as medidas impraticáveis e potencialmente ilegais em relação às obrigações internacionais do Reino Unido.
Contexto político e social
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O Reino Unido enfrenta um aumento recorde nos pedidos de asilo e na chegada de migrantes por meio de pequenas embarcações, com escalada de protestos anti-imigração em várias cidades.
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A questão migratória tornou-se o principal tema nas pesquisas de opinião, ultrapassando preocupações econômicas.
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O partido Reform UK lidera as intenções de voto em parte por apoiar uma agenda migratória dura, pressionando o governo trabalhista de Keir Starmer a adotar medidas mais rígidas.