No passado, Portugal enfrentava uma grave crise de dependência química, especialmente de heroína, assim como outros países ocidentais. Hoje, embora o cenário das drogas tradicionais tenha mudado, surge outro tipo de vício: o consumo compulsivo de tecnologia por meio do scroll infinito das redes sociais. Esse mecanismo, presente em plataformas digitais, induz ao consumo quase automático e contínuo de conteúdo, provocando impactos psicológicos semelhantes aos observados em toxicodependências. Psiquiatras apontam que essa nova forma de “droga digital” afeta a capacidade de concentração, promove ansiedade e pode acarretar prejuízos sociais, alterando o modo como a sociedade se relaciona com a informação e o lazer. O desafio atual é compreender essas mudanças e oferecer suporte eficaz a quem sofre com esse distúrbio moderno.